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Por Norberto Peixoto - Livro Exú, o poder organizador do caos

 

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A realização do desmancho das organizações trevosas, algo muito complexo pelo meio inóspito em que acontece, requer certa "especialização" que somente os Exús alcançaram.

 

Os Exús "Caveira" atuam no limite entre a vida carnal, que se esvai e a vida além-túmulo, que inicia. Então para maior elucidação do tema, segue um texto do Senhor João Caveira, um Exú atuante na Umbanda e n faixas vibratórias do cemitério, que auxilia o Senhor Tiriri das Sete Encruzilhadas neste cruzamento vibratório específico, das passagens do lado de cá para o lado de lá.

Vim para o Brasil em uma nao portuguesa. Era um príncipe nagô e fui retirado de minha nação e clã, perdendo o cetro sacerdotal que herdaria do meu pai. Cá chegando, fui misturado com escravos de outras etnias africanas, o que me causou muito ódio. Eu, um príncipe de alta ascendência étnica do Ketu, no meio da plebe numa senzala!

Trabalhei arduamente na plantação de cacau, pois era muito forte e alto. Logo caí nas graças do patrão, dono da fazenda, que me prometeu alforria se eu me tornasse capataz dos escravos.

Tornei-me o maior algoz do meu povo e de todas as nações africanas no interior da Bahia. Perseguia os ritos religiosos e não dava trégua aos fugitivos e meu passatempo predileto era trazê-los de volta e decapitá-los, deixando suas cabeças expostas em galhos de árvores para os urubus se alimentarem, ou em cima dos formigueiros para as formigas vorazes rapidamente devorarem seus olhos e sobrarem dois buracos horripilantes nas faces.

Ao desencarnar, assassinado pelos negros escravos numa cilada no meio da plantação de cacau, tive meu corpo decapitado e os pedaços jogados para os cachorros. No outro lado da vida sofri nas mãos de todos aqueles que assassinei.

Apareceu na minha frente meu pai e apresentou-se como Pai João das Almas, dizendo "Agora sou um pescador de Olorum, que é o Deus onipotente, que nos deu vida e nos faz separação.

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Acordei no astral em uma estação socorrista nagô ligada ao Brasil. Informaram-me que estava se formando uma nova religião no Brasil, decorrente da perseguição religiosa e da proibição dos negros e dos índios de se manifestarem através da mediunidade. Deram-me a oportunidade de trabalhar na legião de "Exús Caveira", e também um novo nome, passando eu a ser, simbolicamente mais um João como muitos outros, embora com uma história própria como todos os demais.

 

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Assista um vídeo do Norberto Peixoto sobre o livro:

Ouça um ponto em homenagem aos Exús, muitos dos citados são da falange dos Caveiras:

Legião de Exús Caveiras

Por Diamantino Fernandes Trindade (Livro História da Umbanda no Brasil)
Exú Caveira

© 2016 por Flávio Moraes

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